A instalação do Porto Seco em Três Lagoas foi tema de discussão nesta quarta-feira (26) em Campo Grande. O prefeito do município, Angelo Guerreiro, esteve reunido com o governador do Estado, Reinaldo Azambuja, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, e empresários para estudarem a formas e viabilizar a construção.
A principal novidade no encontro foi a intenção dos empresários doarem a área onde deve ser instalado o Porto Seco. Conforme o presidente da Fiems, um grupo de investidores está disposto a ceder uma área para a implantação, restando posteriormente apenas o processo de licitação. “Uma vez formalizada a doação, a Receita Federal pode dar início ao processo de licitação”, explicou Sérgio Longen.
Para o prefeito de Três Lagoas, Angelo Guerreiro, o Porto Seco tende a contribuir muito para a cidade, por isso, o município deverá oferecer todo apoio necessário. “O porto seco vem ao encontro das necessidades do município, tendo em vista que Três Lagoas é o principal polo industrial do Estado. Temos grandes empresas, inclusive uma das maiores fábricas de celulose do planeta, e precisamos facilitar e simplificar a importação de matérias-primas e o escoamento da produção local”, destacou.
De acordo com o governador Reinaldo Azambuja, o próximo passo é a construção de um escopo jurídico para materializar o projeto. “A ideia vai avançar porque tem segurança jurídica, tem estabilidade dos investidores e tem o apoio tanto da Fiems quanto do Governo e, principalmente, da prefeitura de Três Lagoas. O prefeito Angelo Guerreiro está bem consciente da importância desse porto seco“, declarou.
Segundo Roberto José Faé, empresário de Três Lagoas, o porto seco é uma reivindicação antiga do setor empresarial do município e o êxito do projeto será benéfico para a sociedade como um todo. “Basta avaliar a demanda que o porto de Santos concentra. O fato de contarmos com um porto seco dentro do nosso Estado vai revolucionar tanto o recebimento de matérias-primas quanto o escoamento da produção”, avaliou.
Porto Seco
Os portos secos possuem instalações para armazenamento e consolidação de mercadorias, manutenção de transportadores rodoviários ou ferroviários de carga, além dos serviços de desalfandegamento. Com o uso dos portos secos, as mercadorias exportadas já chegam aos portos marítimos prontas para o embarque, enquanto que no caso das importações pode-se tirar as mercadorias dos portos marítimos mais cedo, onde a armazenagem custa substancialmente mais caro.
Atualmente, existem 57 portos secos em funcionamento no país, assim distribuídos por unidades da federação: Amazonas (1); Distrito Federal (1); Goiás (1); Mato Grosso (1); Mato Grosso do Sul (1); Pará (1); Pernambuco (1); Bahia (2); Rio de Janeiro (3); Santa Catarina (3); Minas Gerais (4); Espírito Santo (4); Paraná (5); Rio Grande do Sul (6) e São Paulo (25).