Foi diagnosticado nesta semana o primeiro caso de Chikungunya em Três Lagoas. A confirmação foi feita pela Secretaria Municipal de Saúde após avaliação no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, nesta quinta-feira (23).
A infectada é uma mulher de 29 anos, residente no Jardim das Violetas, que foi até a Unidade Básica de Saúde, em 13 de julho, com suspeita de dengue, vinte dias depois foi coletada uma amostra de sangue da vítima e enviada ao Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul com requisição médica. Trinta dias depois, o laboratório emitiu o laudo desses exames sorológicos, atestando a contaminação com Chikungunya.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, as medidas para prevenção de novos casos já está sendo feita e será intensificada a inspeção para eliminar os criadouros. “Realizamos busca ativa de eventuais casos novos da doença e também a busca e eliminação de criadouros naquela região do Jardim das Violetas”, informou o coordenador de Saúde, Alcides Divino Ferreira.
Ferreira cita que terrenos e quintais estão sendo inspecionados, inclusive próximo onde a vítima foi contaminada, porém nada foi encontrado. “Recentemente, nossas equipes também realizaram uma nova visita ao local e imediações, mas não foram encontrados nenhum caso de Dengue, Leishmaniose ou Chikungunya”, explicou Alcides.
A Secretaria de Saúde explica ainda que está prestando toda assistência necessária a mulher que foi contaminada. “Segundo conversas da nossa equipe com a paciente, aparentemente ela está se recuperando bem e não mais apresenta os sintomas da doença, por tratar-se, provavelmente de um caso agudo, sem evolução para sub-agudo ou crônico, que seria o mais grave e mais agressivo, que pode levar até à invalidez completa do paciente para qualquer tipo de atividade de trabalho”, explicou Alcides.
A Chikungunya, como têm alertado os especialistas, pode desencadear em séria e grave doença reumática crônica, porque uma das hipóteses, defendidas pelas autoridades da Saúde, é a de que o vírus, transmitido também pelo mosquito Aedes aegypti, “se aloja” na estrutura que recobre as articulações, estimulando o processo inflamatório e até degenerativo.
Em Três Lagoas, houve apenas este caso da doença, mas, em cidades como Campo Grande, Dourados, Corumbá, Rio Verde, Sonora e Camapuã, têm sido notificados números preocupantes de casos de Chikungunya, desde 2016. Em Dourados houve uma verdadeira epidemia da doença, quando em apenas um bairro foram registrados mais de 100 casos.