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Economia Quarta-feira, 22 de Agosto de 2018, 17:11 - A | A

Quarta-feira, 22 de Agosto de 2018, 17h:11 - A | A

A BEIRA DA FALÊNCIA

Companhia responsável por construção da UFN3 em Três Lagoas pede recuperação judicial no RJ

Empresa multinacional aponta que paralisação das obras foi o predominante para a falência

Gian Nascimento
De Três Lagoas para o Capital News

Reprodução/Arquivo

Companhia responsável por construção da UFN3 em Três Lagoas pede recuperação judicial no RJ

Empresa teve dívida alastrada após paralisação das obras, em 2014

Com dívidas que ultrapassam os R$ 121,5 milhões, a companhia multinacional Sinopec Petroleum terá julgado na 3ª Vara Empresarial da Justiça do Rio de Janeiro um pedido de recuperação judicial. De acordo com a alegação da empresa, a paralisação das obras na Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, há quase quatro anos, foi o principal motivo para a dívida.


Quando anunciada a construção do consórcio pertencente à Petrobrás, em agosto de 2011, um contrato no valor de R$ 3,1 bilhões foi assinado, tendo além da Sinopec, a construtora GDK como parceira. Logo no início do projeto a construtora deixou o consórcio e foi substituída pela Galvão Engenharia, que ficou com 65% do empreendimento.

De acordo com a Sinopec, neste momento, foi notada a insuficiência de recursos para execução da obra e foi então pedida providências junto à Petrobrás para o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato. Então em 2014, a Petrobrás, não aceitando o aumento, rescindiu o contrato que tinha com as construtoras e a obra foi paralisada com 85% já concluída.

No pedido de recuperação junto à 3ª Vara – onde já tramita um pedido de falência da empresa – a Sinopec alega que não conseguirá pagar com o valor da dívida e atribui à paralisação da obra, bem como a crise por qual o Brasil passou no período desde então.

A Sinopec possui ampla maioria de seu capital chinês (99,9%) e o restante (0,1%) boliviano. A empresa diz que com a recuperação judicial poderá honrar seus compromissos. Ainda não há data para o julgamento.

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