No primeiro semestre janeiro a julho deste ano Mato Grosso do Sul teve o resultado de R$ 3,084 bilhões em exportação. O destaque para o crescimento nas vendas externas é para a celulose, milho e carne bovina.
O superávit da balança comercial no acumulado de janeiro a julho de 2019 é de US$ 1,78 bilhão. Esses resultados foram obtidos com o aumento de 12,41% das exportações de celulose, crescimento de 31,79% das exportações de carne bovina e alta de 201,26% no milho em grão, em relação ao mesmo período em 2018, além do ferro-gusa e ferroligas, com aumento de 92,73%, segundo aponta a Carta de Conjuntura do Setor Externo, elaborada pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro).
A volatilidade dos preços no mercado internacional, no entanto, prejudicou mercados como o da soja, que registrou queda de 45,48% nas exportações do grão. Esse resultado fez com que o acumulado das exportações, de janeiro a julho de 2019, fosse 16,4% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado.
China permanece como principal destino das exportações de Mato Grosso do Sul, com 44,46% do total da pauta, com crescimento de 103,78% de participação dos Estados Unidos e Japão com 69,75% de expansão. No âmbito regional, Três Lagoas segue como principal município exportador com 52,12% da pauta, com crescimento de 12,28% em relação ao mesmo período em 2018.
Já no caso da soja em grão, conforme a assessoria, o Governo do Estado trabalha para aumentar o nível de industrialização. No caso do desempenho do milho em grão, o aumento das exportações é decorrente da super safra deste ano, estimada em 10,127 milhões de toneladas e o bom preço no mercado internacional. “Além disso, estamos viabilizando, junto ao Ministério da Agricultura, para que possamos fazer a exportação direta pela hidrovia, potencializando a utilização dos nossos terminais portuários. Para isso temos de resolver uma questão fitossanitária junto às autoridades na Argentina possibilitando que o nosso milho siga direto para outros países, como a China”, diz o secretário Jaime Verruck.
Importações
Em relação aos produtos importados, Mato Grosso do Sul continua com a pauta concentrada na importação de gás boliviano, que representou 50,56% da pauta de importações de janeiro a julho de 2019. Os valores, no entanto, ficaram 18,64% abaixo do verificados nos sete primeiros meses de 2018. Essa queda deve-se sobretudo a menor importação de gás natural.