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Rural Terça-feira, 20 de Fevereiro de 2018, 16:34 - A | A

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Programa de assistência técnica mantém produtividade leiteira durante a seca

Produtores apostam em tecnologias mais em conta para a produção de alimentos na época de estiagem

Esthéfanie Vila Maior
Capital News

Famasul

Programa de assistência técnica mantém produtividade leiteira durante a seca

Técnicos estudam alternativas que facilitem a produção e que não necessitem de muito investimento

Produtores de Mato Grosso do Sul buscam novas técnicas de suplementação para diminuir os gastos com a atividade leiteira e aumentar a produtividade. O planejamento auxilia o empresário rural a fortalecer o negócio durante o período de estiagem.

 

A coordenadora do Programa Assistência Técnica e Gerencial Mais Leite, Bruna Bastos,  explica que a seca é um dos principais gargalos da cadeia leiteira e o manejo produtivo não pode ser engessado. “Os técnicos estudam alternativas que facilitem a produção, nesse período crítico, e que não necessitem de muito investimento. A atividade leiteira exige muita energia do animal, por isso, a suplementação é muito importante para garantir o volume e qualidade na produção de leite”.

 

A gestão inicia durante o período de chuvas. Técnicos de campo e produtores preparam os animais para a seca. O objetivo é não baixar a lactação e conseguir um padrão de produtividade, para não perder dinheiro e manter o rendimento da propriedade. 

 

As novas ideias já estão sendo colocadas em prática. Em Santa Rita do Pardo, município a 211 Km de Campo Grande, produtores fizeram mudas de Napier Capiaçu (BRS Capiaçu), que será utilizado como volumoso na época da seca. Além disso, plantam mandioca para fazer o teste do fubá do alimento.

 

No caso do capiaçu, é esperado uma economia de até 70% na produção de silagem comparada à silagem do milho. Além disso, a expectativa é de aumento de até 3% em proteína bruta e crescimento de até 5 vezes no volume de matéria seca produzida por hectare. “Isso porque o capiaçu só precisa ser plantado uma vez, sendo mais produtivo que o milho”, explica o técnico de campo, Kennides Martins.

 

Com o fubá da mandioca, a diminuição deve ser de até 60% no custo do concentrado, aumentando produtividade das vacas em lactação. “Também é um grande aliado no controle dos carrapatos”, complementa.

 

Arlindo Ferreira da Silva, explica que a última média registrada do custo de produção foi de R$ 0,41. “É um recurso próprio que baixa a conta da produção. Isso torna a atividade mais rentável, e com esse planejamento não tem preocupação com a seca”, afirma.

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