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Rural Quarta-feira, 06 de Dezembro de 2017, 08:28 - A | A

Quarta-feira, 06 de Dezembro de 2017, 08h:28 - A | A

SETOR FLORESTAL

Seringueiras crescem como atividade econômica em MS

Senar MS e Sindicatos Rurais oferecem cursos de capacitação em extração do látex

Esthéfanie Vila Maior
Capital News

 

Deurico/Capital News

Foto ilustrativa de seringueira, árvore-da-borracha

MS tem mais de 11 milhões de seringueiras plantadas em 21 mil hectares

Além dos eucaliptos, as seringueiras despontam como uma atividade econômica com grande capacidade de expansão, rendimento e geração de emprego. Mato Grosso do Sul começou a produzir látex em quantidade animadora e estratégias têm sido desenvolvidas para estruturar o setor florestal, que já é uma potência.

 

Para garantir o andamento da atividade, o Sindicato Rural de Aparecida do Taboado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MS) têm oferecido cursos de capacitação sobre a extração do látex, com cerca de 30 vagas por mês.

 

De acordo com dados do Sindicato Rural de Aparecida do Taboado. O Estado tem mais de 11 milhões de seringueiras plantadas em 21 mil hectares. Considerando que cada árvore custa R$ 60, MS tem uma floresta avaliada em R$ 660 milhões.

 

O município de Cassilândia detém 67,29% do setor no Estado, com 7,4 milhões de árvores e 13 mil hectares. Aparecida do Taboado aparece em segundo no ranking dos municípios com 16,43% de participação e 1,8 milhões de árvores em 3,8 mil hectares. Inocência tem 4,2% da produção estadual, com 474 mil árvores.

 

Hoje a produção corresponde a 7% do látex do País, mas pode chegar a 12% nos próximos meses, durante o período e produção.

 

Segundo o presidente do Sindicato Rural de Aparecida do Taboado, Eduardo Antônio Sanches, o setor deve alcançar 2 milhões de árvores, com faturamento mensal podendo chegar a R$ 5 milhões e gerando 2,5 mil empregos diretos somente no município.

 

Além de gerar emprego, a atividade é rentável às famílias, já que o trabalhador atua em parceria com o produtor. Nos dois primeiros anos o funcionário recebe 50% da sangria das seringueiras e o percentual reduz para 30% com o passar dos anos. O salário por casal pode chegar a R$ 4 mil.

 

Visita

No dia 1° de dezembro, o secretário da pasta, Jaime Verruck, acompanhado da equipe técnica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), visitou uma plantação de seringueiras de Aparecida do Taboado em produção.

 

Durante a visita o secretário conversou com trabalhadores e viu de perto como funciona a extração do látex. A estimativa é de que uma única pessoa consiga “sangrar” de 2 mil a 2,5 mil árvores.

 

“O setor de seringueiras está ganhando espaço e ainda tem muito a crescer no Mato Grosso do Sul, que já tem uma economia florestal consolidada. Por ser rentável, gerar emprego e aumentar as divisas, o Governo tem se empenhado em apoiar essa nova fonte de desenvolvimento”, afirma o secretário.

 

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