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Cotidiano Terça-feira, 17 de Dezembro de 2019, 08:54 - A | A

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Impasse

Novo edital para venda da UFN3 saí em fevereiro

Obras da fábrica terá atraso cerca de um ano; impasse de abastecimento de gás deverá ser resolvido

Elaine Silva
Capital News

 

Deurico/Capital News

Jaime Verruck

Jaime Verruck

“A retomada das obras devem começar apenas em 2021. O governo de Mato Grosso do Sul quer lançar novo edital para venda em fevereiro”, afirmou o Jaime Verruck, titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), sobre a Usina de Fertilizantes inacabada de Três Lagoas (UFN3). 

 

Segundo Verruck neste novo edital o problema com o abastecimento de gás já estará resolvido. No impasse do gás a Petrobras  quer deixar a participação acionária no negócio  e a MS Gás busca ser a nova fornecedora. “O grupo russo que até então participava manifestam interesse que irão participar novamente desse processo licitatório. A discussão que nós estamos fazendo hoje é a questão do gás. A MS gás tem feito uma análise, talvez ela se posicione que ela poderia fornecer esse gás para a UFN3, que foi onde deu problema, ou no próprio edital já vai estar colocado que a Petrobras fornece o gás. Essa é a discussão que nós estamos fazendo com a Petrobras, em fevereiro a Petrobras já coloca que reinicia o edital”, disse em coletiva de imprensa. 

 

As obras na UFN3 foram interrompidas em dezembro de 2014, com 83% já concluídas, por ilegalidades apontadas pela Operação Lava Jato. A concretização da compra das ações pelos russos deveria retomar as obras do empreendimento, que fica em Três Lagoas, no começo de 2020. Conforme o cronograma divulgado pelo governo do Estado, as tratativas deveriam ter sido concluídas em agosto, posteriormente em outubro, e findaram com o anúncio da Petrobras no dia 26 de novembro. 

 

O governo previa incentivos fiscais ao grupo russo Acron de isenção da alíquota de 10% de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) na importação de equipamentos para a fábrica, e desconto de 75% sobre a cobrança do mesmo imposto na exportação da ureia produzida para fora do Estado. O investimento russo na unidade está estimado em R$ 1 bilhão.

 

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