A Petrobras anunciou a concessão de exclusividade para negociação de sua participação acionária na Araucária Nitrogenados (Ansa) e de sua Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III), em Três Lagoas (MS), com a empresa russa Acron, por um período de 90 dias, informou a estatal por meio de um comunicado enviado ao mercado nesta quarta-feira (9).
A petroleira havia anunciado a fase vinculante para venda de sua participação integral na Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa) e da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III) em dezembro do ano passado
Segundo a Petrobras, a Acron tem foco na produção e comercialização de fertilizantes, com vendas em mais de 60 países, divulgou no fim desta manhã o site da Folha de São Paulo. A Acron é uma sociedade anônima de capital aberto, com ações negociadas na Bolsa de Valores de Moscou e de Londres, acrescentou a petroleira brasileira
Em 2017, o volume de vendas da Acron atingiu mais de 7,3 milhões de toneladas, com receitas consolidadas de US$ 1,6 bilhão e Ebitda (lucro de juros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de US$ 511 milhões, disse a Petrobras.
Histórico da UFN-III
A Petrobras informou ao mercado, no dia 19 de dezembro, o início da fase vinculante do processo de alienação integral de sua participação acionária na Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa) e de sua Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III), localizadas em Três Lagoas.
O projeto foi iniciado 8 de agosto de 2011, quando a Petrobras assinou contrato com o Consórcio UFN3, composto pelas empresas GDK, Sinopec Petroleum do Brasil e Galvão Engenharia, no valor de R$ 3,1 bilhões, para fornecimento de bens e prestação de serviços, incluindo projeto executivo, construção, montagem, comissionamento, pré-operação, partida e operação assistida das unidades de amônia e ureia, edificações, acesso rodoviário e duto de efluentes.
A empresa de Três Lagoas teve a construção interrompida em dezembro de 2014, após 80,95% das instalações físicas terem sido concluídas. As obras começaram em setembro de 2011. A UFN-III utilizará como matéria-prima gás natural processado, com consumo médio previsto de 2,2 milhões m³/dia. Já a Ansa, inaugurada em 1982 e que desde 2013 é uma subsidiária integral da Petrobras, tem capacidade de produzir, a partir do resíduo asfáltico (RASF), 1.303 toneladas por dia de amônia e 1.975 t/dia de ureia, de uso nas indústrias química e de fertilizantes.