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Quarta-feira, 12 de Janeiro de 2022, 17h:15

Mãe que enterrou filha viva é condenada mais de 39 anos de prisão

Emileide afirmou durante julgamento que não se lembra de muitos detalhes

Elaine Silva
Capital News

Divulgação/Perfil News

menina morta pela mãe

Acusados forma presos e polícia investiga abuso sexual

Cabeleireira Emileide Magalhães, 31 anos, acusada de matar a filha, Gabrielly Magalhães de Souza, de 10 anos, foi condenada a 39 anos, 8 meses e 4 dias de prisão, por unanimidade os jurados do Tribunal do Júri de Três Lagoas, nesta quarta-feira (12). A sentença é assinada pelo juiz Rodrigo Pedrini Marcos, que definiu a pena em regime inicial fechado, não podendo a réu recorrer em liberdade.

 

Durante o julgamento, ela disse que enterrou a filha viva porque achou que a menina estava morta, ela ainda disse que estava "fora de mim", quando cometeu o crime. A reú ainda relatou que não se lembra de muitos detalhes do crime, pois estava bêbada e havia usado cocaína.

 

Segundo a investigação policial, a menina foi morta porque contou para a mãe sobre o abuso sexual que sofria, por parte do padrasto, André Luiz Ferreira Piauí, condenado a 20 anos de prisão pelo crime.

Reprodução/TJMS

Mãe que enterrou filha viva é condenada mais de 39 anos de prisão

Emileide Magalhães

 

O irmão da vítima, de 13 anos à época, ajudou a mãe no crime e chegou a ser internado na Unei (Unidade Educacional de Internação), mas foi liberado dias depois. Em depoimento para à polícia, ele contou que a vítima pedia para não ser morta de dentro do buraco.

 

Caso 

Uma mulher de 30 anos teria matado enforcado a filha de apenas 10 anos com um fio e a enterrado de cabeça para baixo em um terreno próximo ao lixão em Brasilândia. Crime aconteceu na noite de sábado (22) e a prisão ocorreu no domingo (22). 

 

A mulher também teria obrigado que o outro filho, de 13 anos, ajudasse a cometer o crime. Segundo o site Perfil News,  o menino relatou para a polícia que a irmã vinha sendo abusada pelo padrasto, mas a informação é investigada.

 

Crime aconteceu na tarde de sábado a mulher junto com a filha, dirigiu pela MS-040 e depois de cinco quilômetros da cidade, entrou em uma estrada vicinal, seguiu por alguns metros e parou o carro, enforcando a filha com um fio, ainda dentro do carro. Depois de enterrar o corpo, a mulher voltou para  casa, tomou banho e foi ao pelotão da Polícia Militar contar o que teria feito, durante a noite.

 

O corpo da menina foi localizado próximo ao lixão, com várias lesões que indicavam tortura. De início, a mãe contou que agiu sozinha. Porém o menino de 13 anos relatou que a irmã foi morta porque a menina relatou que vinha sofrendo abusos sexuais por parte do marido da mãe. Após ser questionado na presença do Conselho Tutelar de Brasilândia, o irmão ainda confirmou que ajudou a mãe a cometer o crime. Ele estava com arranhões nas pernas e contou detalhes à polícia.

 

Conforme a versão do menino, a mãe teria derrubado a filha no chão e envolvido o pescoço dela com fio elétrico. O menino ainda disse que a irmã pedia para não morrer, mas não foi ouvida. A mãe, com ajuda do filho, colocou a menina, ainda viva, dentro de um buraco. A criança morreu asfixiada, conforme apontou laudo pericial.