Setor de Investigações Gerais (SIG) e da 3ª Delegacia Três Lagoas esclarece crime de homicídio qualificado por motivo fútil ocorrido no dia 20 de novembro, na rua Teodoro Mendes, bairro Guanabara. A vítima identificada como Maria das Graças dos Santos, de 59 anos, que morava sozinha, encontraram ela deitada em uma cama de casal, despida e desacordada.
No momento em que chegaram na residência notaram as portas trancadas e a janela da sala meio aberta com as chaves jogada no sofá, sendo que chamavam pela vítima, a qual não atendiam e acabaram forçando a porta. Foi acionado o SAMU que constatou a morte da moradora por causa natural, pois a vítima tinha problemas cardíacos.
Segundo a Polícia Civil, quando realizaram a movimentação do corpo da vítima, profissionais do serviço funerário constataram que ela apresentava um ferimento na parte posterior da cabeça, dando a entender que poderia ter sido agredida, razão pela qual foi acionada a Polícia Civil, que realizou os levantamentos iniciais.
Os policiais suspeitaram do vizinho, de 22 anos, o qual não foi localizado naquela manhã e depois desapareceu sem prestar qualquer esclarecimento. Investigações seguintes confirmaram que se tratava de uma morte violenta, com suspeita também de violência sexual, cuja autoria recaía sobre o vizinho que havia deixado a cidade, razão pela qual foi representado por sua prisão temporária que foi decretada pela 1ª Vara Criminal local.
No último sábado (28), o rapaz foi localizado e preso em virtude da ordem judicial, quando então negou a prática do crime, mas no dia 30 de novembro, novamente interrogado, acabou confessando que teria matado a vítima por ter uma desavença com ela.
Em seu interrogatório, o investigado disse que foi até a casa da vítima no início da noite do dia 19 de novembro, quando a flagrou no sofá da sala, vindo a matá-la com golpes do tipo “mata leão” e, nesse momento, ela teria batido com a cabeça no piso da casa, o que lhe causou o ferimento.
Com relação ao crime sexual, o investigado negou veementemente, alegando que deixou a vítima sem roupas para que indicasse que ela teria sido abusada, mas que isso não teria ocorrido. Ele disse ainda que depois de matar a vítima, chegou a ficar na casa por cerca de duas horas, onde ingeriu um litro de vinho e depois de dar um banho no corpo da vítima, no banheiro, a levou para o quarto e a colocou na cama, saindo em seguida para sua casa onde foi dormir.
Investigado indicou o local onde jogou algumas peças de roupas que a vítima usava na ocasião em que foi morta, bem como um litro de vinho vazio, que bebera naquela ocasião, objetos localizados num terreno baldio que fica nos fundos de sua casa.
Apesar da negativa do suspeito quanto à prática de crime sexual, a Polícia Civil identificou fortes indícios de que isso tenha ocorrido, tanto é que foram coletados materiais para exames de laboratório, visando tal comprovação. O investigado permanecerá recolhido à disposição da Justiça.