Governo regulamenta ‘Linha Verde’ e ‘destrava’ importações de 184 produtos químicos

A diretoria do Sindicato Nacional da Indústria de Defensivos Agrícolas (Sindag) divulgou nesta terça-feira (8) comunicado oficial às suas 47 empresas associadas, em que destaca a aprovação da chamada ‘Linha Verde’. Trata-se de um projeto do mesmo Sindag, com apoio do Ministério da Agricultura e das entidades Sindirações, SINDAN e FIESP, cuja regulamentação dispensará de vistoria nos portos, aeroportos e fronteiras, a partir do mês que vem, uma lista de 184 produtos químicos. Destes, 80% são empregados na formulação de defensivos agrícolas.

A partir de agora, a fiscalização acontecerá diretamente na linha de produção das empresas, segundo explica a gerente de Comércio Exterior do Sindag, Silvia de Toledo Fagnani Ligabó.

Com a Linha Verde, segundo a executiva, as cargas de produtos que em geral ficam à espera de liberação por até 15 dias terão desembaraço imediato, o que contribuirá para que a indústria melhore o nível de seus estoques ante a alta demanda mundial. “A medida ainda ajudará as empresas a reduzir custos e evitar pressões acentuadas no tocante a reajustes de preços dos defensivos, hoje sob forte impacto da alta descontrolada do petróleo”, salienta a executiva.

Entre os produtos beneficiados pela Linha Verde está o Glifosato, largamente empregado na fabricação de herbicidas, e que tem sofrido fortes pressões de custos em virtude do fechamento de unidades produtoras na China; do aumento da demanda mundial e dos preços do petróleo.

Segundo Silvia Ligabó, o Sindag mantém a expectativa de que no futuro próximo a Linha Verde passe a valer também para produtos acabados. “Ma já demos um passo importante para o setor e o agronegócio com a publicação dessa Instrução Normativa do Ministério da Agricultura”, observa a executiva.

A Linha Verde foi regulamentada pela Instrução Normativa de número 40, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do último dia 3.

O mercado brasileiro de defensivos agrícolas movimentou US$ 5,4 bilhões no ano passado. Metade desse valor corresponde a importações. O porto de Santos é a principal porta de entrada desses produtos, que se destinam a sete estados brasileiros, sobretudo às regiões agrícolas do Centro-Oeste, Centro-Sul e Sul. As informações são da assessoria de imprensa do Sindag. (Fonte: Agrolink)
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