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Rural Terça-feira, 05 de Novembro de 2019, 17:26 - A | A

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Bilateral

Ministra acredita que mercado dos EUA voltará a comprar carne brasileira

Tereza Cristina tem uma viagem marcada para os EUA no próximo dia 17

Laryssa Maier
Capital News

 

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ministra Tereza Cristina

Tereza Cristina vai aos Estados Unidos dia 17 para negociar reabertura

Nesta terça-feira (05) a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, durante o lançamento da Câmara da Cerveja, disse acreditar na reabertura do mercado norte-americano para a carne brasileira, vetada por aquele país desde o início da Operação Carne Fraca, em 2017.

 

Tereza Cristina tem uma viagem marcada para os EUA no próximo dia 17, onde deverá se encontrar com secretário de Agricultura norte-americano, Sonny Perdue. “Eles querem apenas rever alguns pontos, a exemplo do que nós, no Brasil, fazemos com outros países. Os EUA são um excelente mercado e vamos reabrir sim esse mercado. Agora vamos ver o dever de casa que temos de fazer’, disse a ministra após participar do 1º Congresso Brasileiro de Gestores da Agropecuária, em Brasília.

 

Segundo Agência Brasil a ministra, no entanto, se diz “decepcionada” com as dificuldades impostas pelo governo dos Estados Unidos. “Achei que a gente já tinha cumprido todas as etapas. Mas isso é mercado internacional e é assim que funciona. Quem manda é quem está comprando. Então vamos lá para ver o que pode ser feito ou revisto”.

 

Coordenador da Frente Parlamentar da Agropecuária, o deputado Alceu Moreira (MDB-RS) disse que, tanto os EUA como a Europa, poderão ter problemas, em especial de segurança alimentar, caso continuem a fazer “jogo duro” com os produtos agropecuários brasileiros.

 

"Eles podem resistir como quiserem, mas eles precisam garantir a segurança alimentar. E o volume de produção de alimentos no mundo é finito", disse o coordenador da bancada. 

 

Segundo Moreira, caso o poder aquisitivo dos países asiáticos e periféricos da China mantenha a tendência de crescimento, em dez anos os produtores brasileiros terão acesso a um mercado consumidor dez vezes maior que o brasileiro. “São 2 bilhões de pessoas”, disse o deputado.

 

“Será meu maior desafio à frente do ministério no ano que vem. Temos uma obrigação com nossos pequenos produtores. Precisamos fazer assistência técnica. Já temos um programa para 100 mil pequenos produtores no Nordeste brasileiro: o Agronordeste, que está saindo do papel”, disse. “E temos mais de 1 milhão que poderemos colocar urgentemente nessa linha de produção mais organizada. Não queremos agricultor abandonando sua propriedade para morar na periferia e ter um subemprego nas grandes cidades”.

 

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