Divulgação/Aprosoja
Produção de soja em MS
Mato Grosso do Sul registrou uma variação positiva de 10,93% no Valor Bruto da Produção (VBP), agropecuária em 2021. Os dados foram obtidos a partir da projeção elaborada pelo Departamento Técnico do Sistema Famasul, que identificou um avanço de R$ 65,13 bilhões em 2020 para R$ 72,25 bilhões neste ano.
Analista técnica da Famasul, Eliamar Oliveira destaca os fatores que contribuem para os resultados positivos.“Para esse aumento no faturamento do agro sul-mato-grossense, o desempenho da agricultura teve papel fundamental porque, se por um lado o milho sofreu perdas em razão das condições climáticas adversas, por outro a soja e cana-de-açúcar registraram ganhos no volume produzido e nos preços praticados, fazendo com que a agricultura aumentasse a receita em 16,29% de 2020 para 2021”, explicou via assessoria.
Apesar da redução de 8,51% no volume das exportações em comparação ao ano anterior, Mato Grosso do Sul registrou um aumento de 12,11% na receita, com valor estimado em US$ 6,2 bilhões até o final de 2021. Conforme a Famasul, entre os principais setores estão a soja, com participação de 36,31%, a celulose, com 24,42%, e a carne bovina, com 14%.
Ao todo, o volume corresponde a mais de 12 milhões de toneladas destinadas ao mercado externo.
Eliamar Oliveira explica que o aumento na receita com as exportações do agronegócio se deu por conta da valorização nos preços internacionais. “A maior contribuição veio do complexo soja que, em média, registrou faturamento 39% superior ao ano de 2020 . Em seguida, a receita com exportações de carnes, que foi 21% maior entre um ano e outro”, disse.
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a China é o principal importador dos produtos produzidos em Mato Grosso do Sul, sendo destino de 48,54% das exportações. Seguida pelos Estados Unidos com 5,72% e os Países Baixos, com 4,37% da produção exportada.
Em MS, a produção de soja na safra 2020/21 alcançou 13,3 milhões de toneladas, enquanto a cana-de-açúcar colheu 48,9 milhões de toneladas no período. Em relação às proteínas foram contabilizados 1,4 milhões de toneladas em produção. 742 mil toneladas de carne bovina, 210 mil em suínos e 470 mil em frangos.
“Em que pese as dificuldades climáticas enfrentadas pelas atividades agrícolas e os altos custos sofridos pela produção de proteína, a agropecuária sul-mato-grossense foi estimulada pelos bons preços e respondeu com aumento de produção como é o caso de suínos e aves que devem encerrar o ano com abates superiores a 2020”, finalizou Eliamar.
