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Rural Terça-feira, 23 de Novembro de 2021, 19:32 - A | A

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Exportação de carne

Tereza crê em retomada da exportação para China em dezembro

Para ministra, “liberação de carnes certificadas foi primeiro passo”

Silvio Ferreira
Capital News

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Tereza Cristina

Tereza Cristina

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, defendeu nesta terça-feira (23), que a liberação de lotes de carne bovina brasileira certificada até o dia 3 de setembro pela Administração Geral de Alfândegas da China representa um primeiro passo rumo à retomada das exportações regulares para a China.

“Não existe motivo de preocupação nem para os nossos consumidores nem para os consumidores externos. Essa liberação alivia os nossos exportadores que tinham muitos desses contêineres no mar ou em portos, que serão então liberados para entrarem na China. Agora, temos um próximo passo para liberar a suspensão da carne brasileira daqui para frente. Estamos em andamento neste processo e espero que isso aconteça ainda no próximo mês”, frisou Tereza Cristina

Nesta terça-feira (23), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) recebeu o comunicado da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC, sigla em inglês) sobre a liberação de conteineres de carne bovina brasileira que recebeu certificação sanitária até o dia 3 de setembro de 2021.

Naquela data, os produtos já haviam sido embarcados,  estavam em trânsito para a China ou aguardavam a liberação da alfândega chinesa, quando o Brasil identificou e comunicou ao país asiático dois casos atípicos da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), o "mal da vaca louca",  registrados em Nova Canaã do Norte (MT) e em Belo Horizonte (MG)

Segundo a ministra Tereza Cristina "o Brasil suspendeu no dia 4 de setembro as exportações de carne bovina para a China em respeito ao protocolo firmado entre os dois países, que determina esse curso de ação no caso de EEB, mesmo que de forma atípica. O que significa que esses animais desenvolveram a doença de maneira espontânea e esporádica, não estando relacionada à ingestão de alimentos contaminados e que não houve transmissão da doença entre os animais."

A Organização Mundial da Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês), analisou as informações prestadas em decorrência dos dois casos  atípicos e reafirmou o status brasileiro de “risco insignificante” para a enfermidade. A ministra informou que o Brasil já encaminhou todos os documentos solicitados pelas autoridades chinesas, que estão analisando as informações enviadas.

Em relação aos impactos registrados pelos produtores, Tereza Cristina reforçou o reconhecimento do Brasil como maior exportador mundial da proteína e a força do setor para enfrentar este momento.

“O setor [pecuária] mostrou que é forte, que tem que estar preparado para eventuais fechamentos, que vai continuar exportando e que a carne brasileira tem sempre lugar nos mercados, porque somos os maiores produtores e exportadores de carne bovina do mundo. Os produtores se movimentaram rapidamente, as plantas que estavam habilitadas para exportar aos Estados Unidos exportaram mais carne para lá, tendo até uma reação dos produtores americanos. Haverá uma nova cota de exportação de carne bovina para a Rússia ao qual o Brasil terá um acesso grande, por ser um grande exportador e por ter plantas já habilitadas para a Rússia”.

 

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