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Saúde Quarta-feira, 24 de Junho de 2015, 10:26 - A | A

Quarta-feira, 24 de Junho de 2015, 10h:26 - A | A

Saúde

Irmã de paciente denuncia descaso no Auxiliadora em parto e bebê é transferido

Denunciante diz que hospital negligenciou atendimento e criança recém-nascida teve de ser transferida para o HU onde permanece internada na UTI

Marco Campos
De Três lagoas para o Capital News

Além do problema da falta de pediatras para atender pelo Sistema Único de Saúde no Hospital Auxiliadora de Três Lagoas, outro fator grave foi denunciado pela irmã de uma paciente de 16 anos. Segundo a entrevistada, a paciente grávida e, desde a semana passada, sentia fortes contrações. Ao ser internada, às 20h de domongo dia (21), os médicos não quiseram fazer o parto da garota. A família informou que o bebê estava com 52 centímetros e mais de 3,7 quilos e não teria como realizar o parto normal. Mesmo com as fortes contrações, o médico não realizou o parto da menor.

 

Divulgação/Família

Descaso auxiliadora em parto bebe

Recém-nascido foi transferido e está internado no HU de Campo Grande

“Os médicos insistiram no parto normal, pediram para ela tomar banho na água morna para dilatar. Quando saiu do banho tinha dilatado 5 dedos, mas o neném era muito grande. Então a encaminharam para a sala de parto. Quando o bebê começou a nascer, minha irmã já estava fraca e não conseguia mais fazer força. Só então as médicas perceberam que ela não daria conta de ter normal, mas já era tarde”, explicou a denunciante.


Segundo ainda a entrevistada, neste instante, a médica e as enfermeiras entraram em desespero pelo erro e começaram um procedimento emergencial, correram para fazer o parto de cesariana.
“Cortaram toda a minha irmã por baixo e ainda subiram duas enfermeiras em cima dela para retirar a criança, o que resultou em 15 pontos nela. Quanto ao bebê, descobrimos que pela demora da médica, ele passou da hora de nascer e ainda tomou água do parto”, lamentou a irmã da paciente.


A denúncia se agrava ainda mais em relação à ausência da pediatra de plantão, que no momento do parto, estava dormindo na unidade e ao ser notificada sobre o problema, demorou para iniciar o atendimento emergencial na criança e fez com que o estado de saúde ficasse mais complicado.
O descaso fez com que a criança fosse transferida às 9h de segunda-feira (22) para o Hospital Universitário, em Campo Grande, e neste momento, encontra-se na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) daquela unidade.


“Ainda não sabemos se ele vai sobreviver e se vai ficar com algum tipo de sequela. Faço um desabafo. Três Lagoas não tem médicos. Nem um animal merece sofrer o que minha irmã sofreu e o que está sofrendo juntamente com meu sobrinho e minha família”, revoltada disse a entrevistada.
Segundo mães que já passaram pela unidade do Hospital Auxiliadora de Três Lagoas, os médicos da unidade tentam de todas as formas em fazer com que a futura mãe faça parto normal e assim, evitem gastos com as cesarianas.

 

Hospital


Procurado, o Hospital Auxiliadora emitiu comunicado a respeito do atendimento e do suposto descaso denunciado por imã de paciente:

O Hospital Auxiliadora informa que: a paciente K.M. (16 anos), gestante de 40 semanas, deu entrada na Instituição no dia 21 de junho, às 21h08.
Alegando fortes dores, foi encaminhada para a maternidade, recebendo assistência ginecológica e  imediata. Submetida a parto normal, a jovem esteve acompanhada por uma ginecologista até o momento do parto.
Durante todo o procedimento,  a gestante não colaborou no período expulsivo do recém-nascido. A criança nasceu na madrugada do dia 22 de junho, sobre complicações no parto, porém, assistida por pediatra e ginecologista, sendo realizados todos os protocolos no atendimento de um recém-nascido, havendo a necessidade de transferência para Campo Grande, devido às complicações do parto.
Já sobre os atendimentos da especialidade de pediatria no Pronto Socorro, informamos que os pacientes com diagnósticos de Urgência e Emergência estão sendo atendidos normalmente. Casos eletivos de baixa complexidade o Clínico Geral atende esses pacientes e se achar necessário, encaminha ao especialista. 

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