Em Três Lagoas, na divisa de Mato Grosso do Sul e São Paulo, empresários resistem a construção de um contorno rodoviário pelo Denit para desviar do perímetro urbano a BR-262, rodovia que liga a cidade a Campo Grande e ao estado de São Paulo.
Comerciantes e donos de hoteis à margem da Avenida Ranulpho Marques Leal, como é chamada BR-262 no trecho urbano, temem prejuízos e afirmam que o desvio poderá frear o desenvolvimento do município.
“As pessoas que estão indo para outros municípios deixarão de conhecer a cidade, que ficará às moscas. Muitos que estão seguindo viagem, às vezes, acabam parando na cidade porque a acham atrativa.
Alguns, depois, acabam investindo no município. Além disso, muitos deixarão de parar no postos de combustível, nos restaurantes, em oficinas e hotéis”, disse o empresário Ademir Selles Gonçalves, ao Jornal do Povo.
Os comerciantes argumentaram ao jornal local que o mais sensato seria o governo federal duplicar o atual anel rodoviário e adiar o projeto do contorno até que a cidade chegue aos 200 mil ou 300 mil habitantes, quando o fluxo urbano será muito maior e Três Lagoas não estará tão dependente do movimento da rodovia.