O juiz Ronaldo Gonçalves Onofri, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Três Lagoas, expediu e o titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil, delegado Paulo Rosseto, cumpriu mandado de prisão preventiva contra o ex-policial José Lopes da Silva Júnior, sob acusação de ameaça contra um arquiteto que iria prestar depoimento em seu desfavor na semana passada. A ameaça teria ocorrido dentro das instalações do Fórum e a vítima, depois de exercer sua obrigação perante a Justiça, buscou auxílio do Ministério Público para se resguardar, quando ainda estava no prédio do Judiciário Três-lagoense. Com isso, segundo a vítima, promotores da Justiça, dentre eles Fernando Lanza, acudiram e informaram o juiz que, de imediato, teria expedido o mandado de prisão preventiva de José Lopes.
Ameaça
De acordo com o site Perfil News, esse fato teria ocorrido na última quarta-feira (19) passada, quando a testemunha iria prestar depoimento a respeito da compra de uma arma que ela adquirido de José Lopes e que tal armamento teria sido desviado do lote que foi arrecadado quando da campanha do desarmamento. Conforme a vítima, ela teria comprado um revólver calibre 38 do então investigador José Lopes e em seguida ambos teriam negociado a troca dessa arma por outra, uma pistola. Essa última arma, de acordo com a vítima, não tinha recibo, inclusive. Essa negociação ocorreu antes de José Lopes ser expulso da Polícia Civil, quando ele foi envolvido, junto com dois colegas, na Operação Xeque-Mate, desencadeada pela Polícia Federal em 2007.
Prisão
De acordo com o delegado Alberto Cesar Vieira, ele e a delegada Letícia Mobis Alves acompanharam, na última sexta-feira (21) passada, o delegado Paulo Rosseto na ação de cumprimento ao mandado de prisão contra José Lopes. O ex-policial foi capturado após campana das referidas autoridades policiais em frente à sua casa. Segundo Vieira, José Lopes não esboçou reação. Ele foi algemado e conduzido até a 1ª Delegacia de Polícia onde se encontra à disposição da Justiça. Conforme o delegado Vitor Lopes, titular da Delegacia Regional de Polícia Civil de Três Lagoas, a prisão preventiva não tem prazo para terminar, ficando sob responsabilidade do juiz. José Lopes poderá “subir” ao presídio local.