A falta de merenda na Rede Municipal de Ensino (Reme), no início do ano letivo de 2015, foi à principal discussão da sessão ordinária da Câmara Municipal de Três Lagoas, na noite de terça-feira (24). Além da presença do secretário municipal de Educação, Mário Grespan, que prestou esclarecimentos sobre os fatos, por solicitação da Câmara, a presidente da Comissão de Alimentação Escolar, Cidolina de Fátima da Silva Souza, usou a tribuna livre e teceu críticas sobre o assunto e cerca de 50 mulheres, integrantes do movimento “Mães Guerreiras”, que debatem questões da Reme, acompanharam os trabalhos com cartazes cobrando melhorias.
O secretário Mário Grespan comentou sobre a merenda, o calendário e transporte escolar, admitindo que houve um erro no planejamento, porém, com esforço de toda a Pasta, o fornecido da merenda foi restabelecido, de forma provisória. Ele explicou que foi solicitado à empresa terceirizada que continuasse o atendimento por dois meses, até a realização de nova licitação, porém não houve acordo, pois a empresa pretenderia o aditamento por seis meses. Assim, houve a suspensão, sem tempo hábil para novo processo licitatório. Grespan ainda ressaltou que foi solicitado que as aulas nos centros de educação infantil (CEIs) começassem com atraso para garantir conforto aos alunos e afirmou que será feita nova licitação, visando contratar nova empresa, na modalidade terceirizada, para oferecer os alimentos.
Na ocasião, os vereadores sabatinaram o secretário sobre diversos assuntos, como possibilidade de escolarizar a merenda ao invés de terceirizá-la, repasses do governo federal, capacidade de as Associaçôes de Pais e Mestres (APMs) absorverem a merenda, previsão de término da construção da escola Flausina de Assunção Marinho, incendiada ano passado, necessidade de abertura de mais vagas nos Centros de Educação Infantil (CEIs), implantação de creche em período integral e creche noturna, conforme compromisso de campanha, deficiências na gestão, possibilidade de cumprimento do calendário letivo, com aulas efetivas, nos 200 dias letivos, possibilidade de redução das férias nas creches, considerado muito longo, problemas na licitação do transporte escolar, entre outros assuntos.
Apesar de todas as explicações do secretário, o presidente da Câmara, vereador Jorginho do Gás considerou o erro inadmissível, pois, além de prejudicar as crianças e suas famílias, expos o nome da prefeita e dos vereadores, o que, em sua visão, exige medidas duras.
Os membros da Comissão Permanente de Educação, da Câmara, segundo seu presidente, Nilo Candido, vão acompanhar todas as questões da pasta, no ano de 2015, para averiguar problemas e cobrar soluções.