Uma possível rebelião estaria sendo arquitetada por detentos do regime fechado da Penitenciária de Segurança Média de Três Lagoas, desde o início da manhã desta quarta-feira (7), segundo informações de familiares de presidiários, preocupados com os parentes internos do presídio. Até a Polícia Militar, via sub-comandante major Élcio Almeida, na parte da manhã, não contestava o fato, porém, assim como a direção do presídio local, amenizava a situação de motim a vista.
Fontes da penitenciária, no entanto, confirmavam que a revolta dos presos era com relação à presença de cerca de 50 internos que respondem por crimes de estupro no complexo. Outro motivo seria a morte de um membro do PCC (facção criminosa), embora não se tenha informação de quem seria, onde aconteceu e nem quando teria sido morto.
A assessoria da Agepen (Agência do Sistema Penitenciário de MS, em resposta à solicitação de informações demandada pela reportagem do Perfil News, retornou que “a Agepen informa que não há rebelião na Penitenciária de Três Lagoas; não houve nenhum “quebra-quebra” e a PM não entrou na unidade prisional, como foi informado por alguns órgãos de imprensa, apenas há um reforço nas muralhas como medida de segurança. O que há na realidade é uma movimentação por parte de alguns internos que solicitam a retirada de detentos que estão no local por terem cometido crimes sexuais. Representantes da Agepen estão reunidos com o Judiciário local para decidirem quais medidas serão tomadas sobre essa situação, que é específica e isolada”.
No entanto, conforme parentes dos presos, existe informação de que os internos revoltosos deram um prazo até às 16 horas de hoje para que os detentos que cometeram crimes sexuais sejam transferidos. Caso contrário, a rebelião de fato terá início.